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“Já andava para vir cá há muito tempo” – Quando iniciar a psicoterapia?

Foto do escritor: Daniela LealDaniela Leal

Se há uma frase que ouvimos frequentemente na primeira consulta de Psicologia, é esta: “Já devia ter vindo há muito tempo!”


A decisão de começar a psicoterapia muitas vezes é adiada. Seja por falta de tempo, por dúvida sobre os benefícios ou por determinados receios, muitas pessoas atrasam este passo essencial para o seu bem-estar. O que será que nos leva a esperar tanto para cuidar da nossa saúde mental?


O custo: gasto ou investimento? Preço ou valor?

Uma das maiores preocupações ao considerar a terapia é o custo. É verdade que, infelizmente em Portugal, a saúde mental ainda não é um direito acessível a todos. No entanto, vale refletir: quantas vezes investimos noutros objetos ou experiências para nos sentirmos melhor? A psicoterapia não é um simples gasto – é um investimento no seu crescimento, no seu equilíbrio emocional e na sua qualidade de vida. Sim, tem o seu preço, mas o valor que acrescenta é incalculável!


Estratégias ao longo do caminho: “meio psicólogo” resolve?

Outro obstáculo comum é a procura de soluções alternativas ou que parecem mais óbvias: “vou-me aguentando”, “falo com um amigo que me entende”, “vejo uns vídeos na internet”. Mas pense bem: contrataria meio engenheiro para construir uma casa? Ou meio médico para fazer uma cirurgia? O apoio de amigos e familiares é valioso, mas a Psicologia é uma ciência, e apenas um/a profissional pode oferecer estratégias eficazes para lidar com desafios, fortalecer a sua resiliência e auxiliar o processo de encontrar a sua melhor versão – aquela que lhe trará tranquilidade, adaptação e bem-estar psicossocial. No fundo, felicidade!


“Psicologia é para malucos”? Ora bem, dizem que de louco todos temos um pouco…

Ainda há quem veja a terapia como algo reservado a quem está “fora da norma”. Mas o que é, afinal, a normalidade? O que significa ser “maluco”? Todas as pessoas, em algum momento, já se sentiram desafiadas emocionalmente. E isso não é fraqueza, é humano. Já toda a gente foi apelidada de louca em algum momento da sua vida. E porquê? Porque desafiou uma norma, mostrou coragem inesperada ou quebrou um padrão que já não lhe servia.


É natural sentir receio antes de iniciar este processo. Afinal, ter ao seu lado alguém que não conhece, mas que vai incentivar à partilha das suas dores e inseguranças, garantindo não lhe faltar como apoio e nunca avançar com julgamento, pode parecer intimidante. Mas é também um dos passos mais corajosos que pode dar: permitir-se ser a sua prioridade, investir no seu autoconhecimento, decidir se quer e o que quer mudar.


Então, quando é o momento certo para começar?

Não deixemos os nossos preconceitos levarem a melhor. Não esperemos o sofrimento passar por si mesmo. Precisamos que a terapia aconteça no nosso tempo, naquele que nos faz sentido. Mas para darmos esse passo precisamos fazer de nós próprios a nossa prioridade e isso implica, sempre, cuidar da nossa saúde mental. 


Quando será o seu tempo?


Palavras-Chave: Terapia; Psicologia; Consulta; Tempo; Psicoterapia

 
 
 

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